sábado, 23 de janeiro de 2010

BELEZA E AUTO ESTIMA FEMININA

Mas...O que é beleza? Como definí-la? Qual o preço para alcança-la?

Beleza não é um juízo de realidade, mas de valor. Já foi dito que “os valores não são, eles valem”. Traduzindo, beleza não é mensurável. Não posso dizer que “A é mais bonito que B” apenas que “eu acho A mais bonito que B”. Que na minha ótica, do meu ponto de vista, baseado em todo um universo de conceitos e numa série de emoções eu acho A mais bonita que B. Essa avaliação é subjetiva, intima e pessoal, o que não quer dizer que outras pessoas não concordem.

O conceito de beleza é variável histórica e geograficamente. No tempo e no espaço.A beleza ocidental não é a beleza de uma tribo africana.

No pós-guerra, com a emancipação da mulher no mercada de trabalho, passou-se a exigir delas “boa aparência”. Influenciada pela moda, publicidade, mídia, academias de ginástica e, porque não, pela área de saúde, passou-se a buscar um padrão mais longilíneo. Os índices mundiais de obesidade cresciam de maneira alarmante e paralelamente a “industria da obesidade” no afã de cura-la... Em 1989 os EUA contabilizavam US $ 27,9 bi e em 2000 US $ 60 bi com a “cura da obesidade”.Bilhões de dólares são gastos pela industria de cosméticos.
Na outra ponta da obesidade cresciam os problemas relacionados à busca dôo corpo ideal. E se é “ideal” não é real. Problemas gravíssimos como anorexia nervosa e bulimia vem no vácuo desta busca, matando em 20% dos casos e deixando 50% das sobreviventes com seqüelas. Meninas anoréxicas recusam atendimento médico/psicológico/nutricional e proclamam que “anorexia não é doença! É estilo de vida ou estado de espírito!” Divulgam na internet “métodos” de emagrecimento, fotos de suas silhuetas esquálidas que fariam inveja às mulheres de Biafra...O peso estético afasta-se perigosamente do peso clínico. Estudos mostram 100% de descontentamento das jovens com o próprio corpo. Mesmo as que tem peso normal ou abaixo querem emagrecer. Emagrecer significa “sucesso social”, “profissional”, “afetivo” e, principalmente, A NÃO REJEIÇÃO PELA SOCIEDADE, que, insuflada pela mídia, insurge-se contra as mais cheias como um autentico atentado terrorista. Um terrorismo estético!!! Mídia, passarelas, publicidade, novelas, academias, decretam, movidas pela industria da beleza, que sucesso = beleza (leia-se magreza). A cultura da beleza então pode ser vista como uma imposição da industria.A “criatividade” do estilista é imposta e governada pela industria têxtil, ou não?A moda e suas “tendências” são ciclicamente revistas para alimentar esta poderosa industria.

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